Vereador Wellington Cintra e seus critérios

Muitos cidadãos têm, em redes sociais, por mensagens e pessoalmente, comentado com estranhamento a ‘mudança de conduta’ do Vereador WELLINGTON CINTRA neste ano de 2025 com respeito a cobranças pela entrega de serviços públicos pelo Executivo Municipal.
Isso porque, a Nobre Edil ficou conhecido, em seu primeiro mandato de 4 anos (de 2021 a 2024), por uma ação mais contundente, muitos dizem “perseguidora”, marcado por discursos de cobrança, acusações e imputações de crimes, até mesmo antes de qualquer julgamento do Poder Judiciário com respeito aos dois ex-Prefeitos. Pautas que tratavam, especialmente, das necessidades básicas da população, em especial do Cerrado de Emas, bem como, ter se tornado como que uma espécie de ‘cover’ e/ou ‘seguidor’ da Vereadora Sandra Vadalá, tornaram-se marca do vereador por sua atuação naquele período dos Governos Dimas e Mantovani.
Ocorre, que com a mudança para o Governo Fernando Lubrechet, tem sido nítida a mudança comportamental do vereador. Muitos são os comentários que o Vereador tem sido mais complacente com a falta de entrega de serviços públicos. Ainda que, por algumas vezes mencione as necessidades, é incontestável que o faz de forma mais discreta, justificando que é “o 1º ano do mandato” ou que a “culpa advém do passado”, replicando, assim, o discurso do Prefeito Fernando Lubrechet, que, com constância, tenta justificar a ineficiência de sua Gestão Pública com estas mesmas desculpas.
Por esta razão, surgiu, por algumas vezes, a questão trazida a manchete desta matéria: Teria o vereador WELLINGTON CINTRA mudado sua ‘maneira de atuar’ por ter feito…, pessoais, para si ou para terceiros, com a atual gestão? Porque, agora, diante de um desfalque enorme dos cofres públicos, mesmo com fortes indícios de omissão e negligência, direta ou indireta, do Prefeito Municipal, ele não faz uso da Lei que trata das Infrações Politicas Administrativas, como fez com os ex-prefeitos Dimas Urban e Dr. Mantovani?
Na tentativa de comparar a atuação de WELLINGTON CINTRA como vereador, seus critérios e buscar trazer uma resposta a estes reiterados questionamentos, esta redação fez um copilado de algumas de suas falas nos 3 momentos comparativos, os quais seguem:
* WELLINGTON CINTRA para justificar seu “SIM” quanto a cassação do Prefeito Dr. Dimas Urban:
– Conforme pronunciamento em Tribuna na Sessão Extraordinária de 18/01/2022:
“Na condição de Relator da Comissão Processante, eu sinto a obrigação de apresentar os meus entendimentos. (…) Tive a missão de apurar, como Relator da Comissão Processante, se houve OMISSÃO quanto aos convênios, ou negligencia quanto as rendas e bens, praticando atos quanto ao expresso em leis, com reflexo de omissão em ato administrativo”.
“(…) neste ponto reside a OMISSÃO DAS RENDAS PÚBLICAS, POIS SE HOUVESSE O PROCESSO SELETIVO, haveria disputa com relação ao preço e talvez se identificasse mais rápido. Concluindo, foi possível constatar que o Executivo Municipal tinha conhecimento da terceirização do serviço da ineficiência, OMITINDO E NEGLIGENCIADO NA DEFESA DE BENS, RENDAS, DIREITOS OU INTERESSES DO MUNICÍPIO”. “Enquanto eu estiver como vereador vou fiscalizar e vou trazer a dor do povo para expor nesta Casa de Leis, porque essa é a missão que foi designada, doa a quem doer, desagrade a quem desagradar”.
* WELLINGTON CINTRA para justificar seu “SIM” quanto a tentativa de cassação do Prefeito Dr. José Carlos Mantovani:
– Conforme pronunciamento em Tribuna na Sessão Extraordinária de 06/03/2024:
“Hoje, nesse dia de julgamento, vim dar continuidade a meu trabalho. O trabalho que começou desde o dia 01.01.2021 com a RESPONSABILIDADE DE PRESERVAR O INTERESSE PÚBLICO E DEFENDER O DINHEIRO PÚBLICO”.
E passa a citar os pregões investigados, citando seus números e fechando com a expressão:
“Percebemos senhores, que todos os contratos foram assinados e autorizados pelo Prefeito José Carlos Mantovani”.
“Hoje vim julgar sim senhores vereadores, buscando o interesse público. Por conta das pessoas que me procuram precisando de remédios, de exames, porque a máquina tá quebrada, precisando de vagas em creche, e tendo escola à inaugurar, e quanto custaria tudo isso? Será que se levasse o dinheiro público e a população à sério daria para atender com excelência o município? Acredito que sim senhores. Mas aqui vemos que o dinheiro não foi utilizado com o interesse público”.
“Senhores e senhoras, diante de todos estes fatos, É IMPOSSÍVEL NÃO IDENTIFICAR PREJUÍZO AO NOSSO TESOURO, que É O NOSSO COFRE PÚBLICO. Essa Casa é um órgão independente, onde se deve reinar o interesse público. A JUSTIÇA VIRÁ COM A RESPOSTA DE SUAS INVESTIGAÇÕES SIM, só que hoje, NESSE EXATO MOMENTO, A POPULAÇÃO QUER O JULGAMENTO E A RESPOSTA DE SEUS REPRESENTANTES, QUE SOMOS NÓS VEREADORES. E HOJE É NOS DADA A OPORTUNIDADE DE FAZER JUSTIÇA AO PREJUÍZO CAUSADO NOS COFRES PÚBLICOS. É HOJE SENHORES QUE TEMOS A OPORTUNIDADE DE MOSTRAR O QUANTO O O INTERESSE PÚBLICO É VALIOSO”.
* WELLINGTON CINTRA para justificar seu “NÃO” quanto a aprovação do Relatório da CEI do Golpe – da Gestão Fernando Lubrechet:
– Conforme pronunciamento em Tribuna na Sessão Extraordinária de 27/11/2025:
“Mas ao meu ver, depois de analisar o relatório (do GOLPE de 2 MILHÕES) com atenção, alguns pontos importantes não ficaram claros para mim, e ao meu sentir poderia ter sido apresentado de forma mais detalhada”.
“QUERO DEIXAR CLARO QUE NÃO ESTOU AFIRMANDO QUE O RELATÓRIO ESTÁ ERRADO! Por respeitar o processo, a população, a minha responsabilidade como vereador, o meu voto será divergente”. (pela não aprovação do relatório)
É sério? O vereador Wellington Cintra “disse o que disse” mesmo? O RELATÓRIO NÃO ESTÁ ERRADO, MAS, MESMO ASSIM, VOTOU CONTRA A APROVAÇÃO DO RELATÓRIO?
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Neste caso da votação quanto ao golpe dos 2 milhões, DIFERENTE DO QUE O VEREADOR FEZ NOS DOIS PROCESSOS QUE ELE VOTOU PELA CASSAÇÃO dos mandatos dos prefeitos Dimas e Mantovani, o vereador não fez quase que nenhuma mensuração técnica.
Não falou do procedimento, ou melhor, da falta do procedimento administrativo de aditivo contratual para a alteração da conta bancária; Não falou da indevida transferência da “Chave J” do Prefeito para a Tesoureira; NÃO abordou as palavras do Procurador Geral do Município, de confiança do próprio prefeito, que disse na Câmara Municipal, e está no relatório da CEI, que o PREFEITO TEM CULPA SIM, bem como, “QUE É UM BAITA EQUÍVOCO DEIXAR A CHAVE J COM OUTRA PESSOA”.
Enfim, o vereador não fez qualquer menção e/ou apontamento técnico para justificar seu ‘NÃO’ ao relatório. Parece, sequer, ter lembrado quanto a existência da Lei de Infrações Políticas Administrativas, e da tal da OMISSÃO E NEGLIGÊNCIA (que tanto abordou quando dos outros dois prefeitos). Apenas fez um discurso vago, falando de “suas convicções”, sem citar quais são e que divergiam do relatório que ele reprovou.
Essa redação, tristemente, já há bom tempo, recebeu por reiteradas vezes mensagem dizendo que o Vereador Wellington seria uma espécie de FANTOCHE da Vereadora Sandra Vadalá. Claro que não podemos e não vamos reafirmar este ‘vulgo’, mesmo porque, acreditamos que seja mais movido por paixão que pela razão.
Mas algo nos resta muito evidente: o Vereador Wellington pertence ao Partido Republicano, mesmo partido da Vereadora Luciana do Léssio e capitaneado, em Pirassununga, pela ex-Prefeita Cristina do Léssio (irmã da vereadora). E sendo a posição da Vereadora Luciana, pela aprovação do Relatório da CEI do Golpe, e do Vereador Wellington Cintra contrário a aprovação, devem indicar que o Partido Republicado não tem, hoje, uma estabilidade quanto ao posicionamento de seus Edis em pautas tão importantes, como essa de um golpe de 2 milhões. Neste caso, estaria a Vereadora Sandra Vadalá, de fato, dissuadindo o Vereador Wellington Cintra a ir contra a posição do Republicanos? Os dias dirão.
Nos resta, replicar sua fala quando da ocasião de tentativa de cassação do ex-prefeito Dr. Mantovani, conectado com as ações do atual Governo Fernando Lubrechet:
“NESSE EXATO MOMENTO, A POPULAÇÃO QUER O JULGAMENTO E A RESPOSTA DE SEUS REPRESENTANTES, QUE SOMOS NÓS VEREADORES. E HOJE É NOS DADA A OPORTUNIDADE DE FAZER JUSTIÇA AO PREJUÍZO CAUSADO NOS COFRES PÚBLICOS. É HOJE SENHORES QUE TEMOS A OPORTUNIDADE DE MOSTRAR O QUANTO O INTERESSE PÚBLICO É VALIOSO”.
Perguntamos:
– O dia de fazer justiça só foram aqueles dois do passado? Hoje não é mais? O que mudou? Os interesses do Nobre Edil?
– A indevida concessão da ‘Chave J’ do Prefeito Fernando Lubrechet (que é intransferível) não seria uma irregularidade administrativa passível de ‘SE FAZER JUSTIÇA POLITICA ADMINISTRATIVA’ por OMISSÃO e/ou NEGLIGÊNCIA?
– A utilização do empenho realizado, quando da contratação da LE CARD, para o pagamento do vale alimentação que resultou no golpe, não seria uma irregularidade passível de ‘SE FAZER JUSTIÇA POLITICA ADMINISTRATIVA’ por OMISSÃO e/ou NEGLIGÊNCIA?
– A falta do aditivo contratual, alterando a conta bancária para depois se efetuar o pagamento, – o que reduziria a chance de o golpe ter ocorrido quase a zero, ainda que indiretamente, não seria uma irregularidade administrativa? A Tesoureira, não é Cargo em Comissão do Prefeito e o Prefeito não responde pelos atos da Tesoureira? Isso não é passível de ‘SE FAZER JUSTIÇA POLITICA ADMINISTRATIVA’ por OMISSÃO e/ou NEGLIGÊNCIA?
– A falta de publicidade do GOLPE, em se tratando a ‘publicidade’ um dos princípios básicos da Administração Pública, não é irregularidade passível de ‘SE FAZER JUSTIÇA POLITICA ADMINISTRATIVA’ por OMISSÃO e/ou NEGLIGÊNCIA?
Reportagem em conclusão


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