Delegada de Polícia, Tatiane Parizotto, comandou reconstituição de Homicídio Culposo ocorrido em 2016
A delegada chefe da Polícia Civil Judiciária da cidade de Pirassununga/SP, a Dra. Tatiane Cristina Parizotto, comandou no início da tarde desta terça-feira, 28, a Reconstituição de um caso registrado num domingo, 24 de abril de 2016, como sendo Homicídio culposo cometido na direção de veículo. Na ocasião, o pai da criança morta, um cigano, não possuía Carteira Nacional de Habilitação.
Liberado
Na segunda-feira, 25 – 04 – 2016, dia seguinte do flagrante, após audiência junto à Justiça, o suspeito Fabiano Fernandes Santos, hoje com 21 anos e, na ocasião com 18 anos de idade, foi colocado em liberdade. Neste mesmo dia, sua companheira, uma adolescente de 14 anos na oportunidade, hoje com 18 aos de idade, ficou assistida pelo Conselho Tutelar, sendo liberada também, para sua família, no mesmo dia em que o companheiro foi liberado, sendo o corpo da criança Kaíque Fernandes, transladado para a cidade mineira de Itanhandu.
Prisão Preventiva
Durante o processo, a Juíza de Direito da 2ª Vara do Fórum de Pirassununga expediu Mandado de Prisão Preventiva contra Fabiano, o qual foi preso e conduzido para uma Penitenciaria da região de Jundiaí/SP.
Reconstituição
No meio da tarde desta terça-feira, 28, a Delegada Chefe da Polícia Civil Judiciária de Pirassununga, Dra. Tatiane Cristina Parizotto conduziu a Reconstituição do caso. A Reconstituição durou pouco mais de 02h10, sendo acompanhado com exclusividade pela reportagem do portal reporternaressi.com.br.
Fabiano que está preso na região de Jundiaí/SP, chegou no início da tarde no 1º DP, escoltado pelo Cabo PM Feminino Semirames e Sargento PM Jean, do policiamento de área da 3ª Cia. PM do 36º BPM/I.
Na sequência, um comboio formado por viaturas da PCJ, Polícia Científica e do policiamento de área seguiram para o km 30, mais 20 metros da rodovia SP – 225, deputado Ciro Albuquerque onde ocorreu o fato no dia 24 de abril de 2016. No local, para apoiar o trabalho de Reconstituição já se encontravam o Sargento PM Eraldo e o Cabo PM Almeida Sobrinho, do 2º Pelotão da PMRv e funcionários de uma terceirizada do D.E.R. Também no apoio estiveram o Cabo PM Tessaro e o Soldado PM Christiano do policiamento de área da cidade, do investigador de polícia Danilo, de três estagiários do 1º DP e, da estagiária policial, assistente da delegada Tatiane Parizotto, Fabiola dos Santos B. Pivotto, a qual fez o papel da então mãe da criança morta.
Contradições
Durante a Reconstituição, Fabiano apresentou algumas contradições, dito por ele mesmo durante o flagrante naquele final de tarde de domingo de 24 de abril de 2016.
Dos fatos (24 – 05 – 2016)
De acordo com os policiais militares rodoviários, Sargento PM Franco, Cabos PMs Rubens, Luvizottri e Pagotti, lotados no 2º Pelotão da PMRv com sede em Pirassununga/SP, foram acionados para atenderem ocorrência de acidente de trânsito com vítima fatal no km 30, mais 20 metros da SP – 225. Chegando no local, os policiais se depararam com um bebê, de aproximadamente 06 meses, sobre a faixa de rolamento, em óbito.
No local se encontrava um casal, uma adolescente de 14 anos, hoje com 18 e seu amasio Fabiano Fernandes Santos, hoje com 21, na ocasião com 18 anos de idade, que alegaram que estavam, VW/Fusca, ano 1972, de cor azul, placas de Bariri/SP, conduzido por Fabiano, apresentou problemas e ao fazer funcionar com um “tranco” e, ao realizar a conversão para a pista contrária, realizando uma curva, a criança teria caído dos braços da adolescente (mãe) que estava sentada no banco do passageiro dianteiro, pois a porta estava aberta e Fabiano não teria observado tal fato no momento que conduzia o veículo.
Conversando isoladamente acerca dos detalhes a respeito dos fatos, o casal apresentaram versões contraditórias; a adolescente disse na oportunidade que o carro teria “morrido”, e então Fabiano teria conseguido estacioná-lo no acostamento da pista contrária, embaixo da arvore, e que ela o teria ajudado a empurrar o veículo, isso com a criança em seus braços, oportunidade que ao funcionar, correram para adentrá-lo e pelo fato do veículo ter acelerado muito, a adolescente correu para o veículo e não fechou a porta, no que Fabiano ao fazer a conversão para entrar na pista contrária, ela teria se desequilibrado, a porta escancarado e o bebê que estava em seu colo teria caído no solo e ao tentar pegá-lo, sofreu lesões do lado direito do corpo, porém Fabiano a teria segurado pelos braços, não deixando que caísse por inteiro e assim pararam o veículo e foram socorrer a criança.
Fabiano, por sua vez, disse que Valéria permaneceu sentada no banco do passageiro dianteiro com o bebê no colo, enquanto ele empurrava o veículo para fazer com que ele funcionasse, inclusive Fabiano disse que a porta do passageiro onde a companheira estava com o filho estava fechada e que apresentou problema e abriu sozinha quando ele fazia a curva, oportunidade que o bebê caiu dos braços da mãe, e ela ao tentar segurá-lo, também caiu no solo.
Ambos disseram que não sabiam se a roda do carro passou por cima da criança bem como não souberam dizer se algum outro carro que vinha logo depois atropelou o bebê.
No plantão policial da PCJ, a delegada Tatiane Cristina Parizotto depois de solicitar a Polícia Científica ratificou a voz de prisão à Fabiano, sendo a adolescente acolhida pelo Conselho Tutelar.