Além do Discurso Oficial: O Grito de Socorro dos Servidores de Pirassununga contra o “Reinado de Terror” na Saúde

Dando continuidade aos graves relatos de assédio na Secretaria de Saúde, a ata da reunião extraordinária do Conselho Municipal de Saúde, realizada em 22 de dezembro de 2025, revela que o abismo entre a propaganda política do Prefeito Fernando Lubrechet e a realidade dos trabalhadores é ainda mais profundo e cruel do que se imaginava.
Enquanto o prefeito desfila em emissoras de rádio garantindo que os servidores estão “felizes” e que a gestão é “técnica”, os depoimentos registrados em ata desenham um cenário de tortura psicológica e total desmantelamento da dignidade humana.
Vozes do Desespero: “Meu Coração Bate na Garganta ao Ir Trabalhar” Os relatos dos servidores, que se encorajaram a falar apesar do medo de retaliações, são de cortar o coração e expõem a face mais perversa da administração de Solange Martins, mantida sob a proteção direta de Lubrechet.
Uma das servidoras presentes, Carolina, descreveu o pavor cotidiano de enfrentar o ambiente de trabalho: “Quando toca o despertador, o meu coração bate na garganta na hora de vir trabalhar, pelo que a gente sofre aqui”. Outra funcionária, Isabel, com 36 anos de serviço público, afirmou que nunca viu nada igual, relatando que os colegas estão “cabisbaixos, muito tristes, alguns adoecendo” e que ela própria chegou a um nível de estresse insuportável: “Eu gosto muito de fazer o meu trabalho… mas chegou num ponto tão insustentável que eu estou com Síndrome do Pânico”.
Um dos depoimentos mais contundentes foi o do munícipe Tibério dos Santos, que revelou a face autoritária da pasta de saúde. Tibério relatou que, ao buscar diálogo e oferecer ajuda, foi recebido com ameaças de fechamento de sua clínica e humilhações públicas. Ele foi enfático ao declarar: “Essa mulher está fazendo um inferno… eu fiz 5 processos contra ela, ameaça, documento e a corrupção passiva”.
Tibério ainda denunciou que a secretária o proibiu de pegar medicamentos para pacientes carentes da cidade e que ela teria se gabado de “fechar várias clínicas”, impondo um regime que ele apelidou de “SUP – Sistema Único de Pirassununga”, em vez do SUS. Para Tibério, a situação é tão insustentável que ele apelou aos conselheiros: “Vocês precisam tomar uma atitude, pelo amor de Deus”.
As queixas detalhadas na ata incluem:
• Agressividade e Humilhação: Servidores afirmam que a Secretária “grita com os funcionários, não gosta de ouvir a população, não acolhe e sai batendo portas”.
• Ambiente Hostil: Relatos indicam que a gestora é “hostil, falta com respeito e amedronta” aqueles que ousam discordar de suas ordens.
• Perseguição a Gestantes e Técnicos: Há denúncias de que uma coordenadora sofreu assédio até o último momento antes de sua licença-maternidade e que funcionários são “acuados” e humilhados em frente aos colegas.
• Censura Institucional: A farmacêutica Érika relatou que a ordem dentro da pasta é o silêncio absoluto: “Você não pode abrir a boca… eu fui fazer uma pergunta pra ela e ela me ameaçou de me transferir”.
O Prefeito Lubrechet e a Conivência que Adoece. A postura do Prefeito Fernando Lubrechet é, no mínimo, cúmplice. Ao afirmar publicamente que a relação com o funcionalismo é “muito boa”, o prefeito ignora deliberadamente os boletins de ocorrência já registrados contra a secretária e os inúmeros pedidos de auxílio que os servidores afirmam ter enviado ao gabinete, sem qualquer resposta efetiva.
Como pode um gestor alegar que seus subordinados estão “felizes” quando há relatos de profissionais chorando pelos corredores e trabalhando sob ameaça constante de faltas funcionais e retaliações políticas.
Prejuízo Financeiro: A Conta da Incompetência Vai Chegar Além do dano humano irreparável, a gestão de Lubrechet está cavando um abismo financeiro para os cofres públicos. Conforme mencionado pela Dra. Nathalia Rezende (OAB/SP 409.954) ao portal, todo o caos administrativo e o assédio moral recorrente acarretarão um grande prejuízo financeiro à prefeitura. Isso ocorre porque um número crescente de servidores, levados ao limite do esgotamento e da humilhação, já está ingressando com ações judiciais contra a administração municipal. O silêncio do prefeito diante dessas condutas não é apenas uma falha moral, é uma negligência fiscal e administrativa grave.
A Tentativa de Silenciamento no Conselho: A ata também expõe a manobra política dentro do próprio Conselho de Saúde para blindar a gestão. O presidente do órgão, Sr. Célio, tentou a todo custo impedir que a reunião ocorresse e, uma vez instalada, buscou proibir os conselheiros de falarem com a imprensa, alegando que o Conselho deveria ser “neutro” e não deveria “responder à mídia”.
Essa tentativa de amordaçar o controle social é uma extensão do autoritarismo que emana do Paço Municipal, onde a transparência é vista como inimiga.
A realidade exposta pelos servidores é um soco no estômago da sociedade de Pirassununga. Não se trata apenas de má gestão administrativa, mas de uma crise humanitária dentro da Secretaria de Saúde. A permanência da Secretária, com o aval do Prefeito Lubrechet, transforma a prefeitura em um ambiente patológico onde o mérito é substituído pelo medo e a técnica pela humilhação.
O clamor pela exoneração imediata não é apenas uma questão política, é uma necessidade urgente para interromper o adoecimento em massa daqueles que cuidam da saúde da nossa população.


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