Pirassununga. Saúde, Vereadores e APREC se reuniram nesta terça-feira
Trinta e dois pacientes de Pirassununga/SP que fazem hemodiálise na Santa Casa da cidade estão garantidos na continuação do tratamento até o dia 31 de dezembro próximo. O tratamento vem sendo custeado com dinheiro dos cofres municipais, pois o Centro de Hemodiálise de Pirassununga que leva o nome do Professor Daniel Caetano do Carmo não esta sendo credenciado pela D.R.S. 10 com sede na cidade de Piracicaba/SP.
Representantes da APREC – Associação Pirassununguense de Renais Crônicos, da Câmara Municipal da cidade se reuniram na manhã desta terça-feira, 18, como o secretário da saúde, Edgar Saggioratto, na sala de reunião da referida secretaria. O médico Amauri Andreotti, assessor da Secretaria de Saúde também participou do encontro.
O secretario Saggioratto tranquilizou a todos de que os trinta pacientes, que deveriam ser assistidos pelo SUS – Sistema Único de Saúde – mas, não são, pois o Centro de Hemodiálise não credenciado e, assim o dinheiro sai do cofre público municipal, terão continuidade no tratamento até o final do ano, ressaltou o secretário, que a partir de agora, novos pacientes serão encaminhados para cidades onde o Centro de Hemodiálise são credenciados.
A crise financeira e a baixa arrecadação, não somente em Pirassununga, mas em todo o país, deverá impossibilitar que a partir de 1 de janeiro de 2018, o atendimento tenha continuidade no município.
Hoje, setenta e oito (pacientes) fazem o tratamento na cidade, sendo que quarenta e seis (46) são de convênios e os outros trinta e dois (32) ainda custeados pelo município.
Acácio Nouer, presidente da entidade, ponderou que é muito desgastante para um paciente se deslocar até outro município para fazer o tratamento, pois, em alguns casos, a pessoa chegar a ficar até oito horas fora de sua residência.
Saggioratto disse que esta a frente da Secretaria para tocar a mesma como se fosse uma empresa e, muitas mudanças acontecerão, inclusive em Unidades Básica de Saúde onde um médico que recebe por 40 horas trabalhada realiza apenas cento e cinquenta (consultas) quando o professional teria no mínimo de fazer ao menos 600 atendimentos, isto não ocorrendo o ônus fica para os cofres municipais. Diante isto, mudanças virão, isto para evitar gastos desnecessários onde o dinheiro economizado pode ser aplicado em outras partes da saúde.
O secretário disse que não adiante pedir suplementação, pois não tem dinheiro para tal.
Dificilmente o Centro de Hemodiálise da cidade será credenciado, pois, segundo informações, o Centro de Hemodiálise que já é credenciado deverá passar brevemente com oitenta (80) máquinas.
João Cellin, também pertencente a APREC disse que nestes últimos quatro anos (gestão da então prefeita Cristina Aparecida do Léssio Batista) o Centro de Hemodiálise não foi credenciado porque faltou competência na Saúde de Pirassununga. Renato, outro membro da entidade disse que uma alta funcionária do Estado se colocou à disposição para ajudar o município, mas não deram bolas a ela (antiga administração).
O médico Amauri Andriotti disse que nada disto seria verdade, pois, por três vezes a Secretaria de Saúde, durante o governo Cristina do Lessio enviou documentos para a D.R.S. 10, que nunca de sequência na documentação.
Acácio Nouer disse a todos os presentes que esta em contato direto com o Deputado Federal Nelson Marquezelli, onde em uma oportunidade o deputado pirassunungense teria ligado pessoalmente para a Diretora da D.R.S. 10, a qual teria destratado o deputado, ao ponto de o deputado ter dito que ele poderia lhe transferir para o Amazonas/SP, quando então ela (diretora) teria desligado o telefone na “cara” do parlamentar. Ainda, segundo Nouer, o deputado disse que não irá mexer uma “palha” enquanto o processo estiver em Piracicaba/SP, mas quando já estiver em Brasília.
O secretario Saggioratto disse que gostaria de tratar todos em Pirassununga, mas a falta de recurso esta impossibilitando esta assistência, dizendo que a atual gestão recebeu viaturas da área da Saúde totalmente sucateadas, tendo apenas dois Ônibus, um Van e um veículo Corsa para o transporte de pacientes. Apesar de o prefeito já ter autorizado que todos os veículos fossem recuperados, não tem dinheiro para tal.
Ainda, Saggioratto pediu para que os vereadores procurem seus deputados e que cobrem dos mesmos empenho no credenciamento de Pirassununga/SP. Ainda segundo membros da APREC, estão trabalhando também neste sentido.
Saggioratto foi transparente em sua colocação, deixando a todos, obviamente dentro de um contexto satisfeitos.
Vereadores estarão encaminhando para seus deputados Requerimento, solicitando aos mesmos empenho para o credenciamento do Centro de Hemodiálise até o final do ano, para que a partir de 2018, pacientes de Pirassununga permaneçam realizando seus respectivos tratamento em nossa cidade.
Foi abordado também o caso da Ressonância Magnética, que foi um presente de grego, pois hoje esta credenciado apenas cinco pacientes por mês, sendo que a Santa Casa teria tido um custo de cerca de R$ 600 mil reais para a instalação do equipamento que hoje, além de atender cinco pacientes SUS atende a Planos de Saúde e particulares.