Piloto da FAB da voo rasante e acorda vizinhos com disparos de arma de fogo
Atualizado – 16h09 de 02 – 04 – 2017
Madrugada de terror neste domingo, 2, em um Condomínio localizado na rua Albino Barbirato, jardim Rosim, zona oeste do município de Pirassununga/SP, onde um Piloto “Aviador” da Força Aérea Brasileira, servindo atualmente na Academia da Força Aérea – AFA – no município de Pirassununga abriu fogo, disparando sessenta e nove (69) disparos a esmo com uma Pistola Glock, calibre 380.
De acordo com os policiais militares, o Cabo PM Rozada e a Cabo PM Rezier, ambos do policiamento de área da 3ª Cia. PM de Pirassununga, por volta das 05:25 horas da manhã deste domingo, 2, durante patrulhamento motorizado de rotina foram informados via COPOM – 190, que “pessoas estavam ouvindo disparos de arma de fogo provenientes de um apartamento próximo da avenida Painguais, localizado no jardim Rosim, zona oeste da cidade.
Diante a situação, diversas viaturas do policiamento de área do município montaram um perímetro de segurança em torno do local (único prédio existente no local, portanto, ponto provável do evento).
Durante a montagem do cerco, os policiais ouviram cerca de cinco (5) a seis (6) disparos de arma de fogo, se dirigindo a portaria do prédio, onde foram informados que os tiros eram dados do apartamento onde morava um militar da Aeronáutica – bloco 1, apartamento 66, 6o. andar.
Protegidos com escudos balísticos avançaram em direção a unidade, de onde vinha um som alto de música.
Os policiais bateram à porta, e se abrigaram, quando saiu do interior do apartamento um homem que estava de calca jeans, o qual foi abordado, sendo revistado, em cujo poder nada foi localizado, o qual se identificou como Breno CS, 30, que alegou ser 1º Tenente da FAB, em exercício na cidade.
Em razão de o mesmo se apresentar visivelmente transtornado em razão do aparente uso de álcool, foi necessário o uso de algemas para garantir a segurança dos trabalhos.
Assim, os policiais ingressaram no apartamento (de um dormitório), onde, já no sofá da sala, em seu assento, avistaram uma pistola da marca Taurus, ken61039, calibre .380, registrada no comando da Aeronáutica – prazo indeterminado (este registro como a funcional foram apresentados pelo acusado), e, no braço (do sofá) uma caixa de munições vazia.
Após revista no apartamento, para se certificarem ser o seu único ocupante, os policiais passaram a vistoria-lo.
Na cozinha, em uma bancada, os policiais localizaram cinquenta e oito (58) estojos de calibre .380, montados em forma de triangulo. Debaixo do móvel da pia, mais dois (2) estojos de .380 e, atrás da máquina de lavar roupa mais quatro (4) estojos de.380.Em cima de um móvel da área de serviço, mais um (1) estojo de .380. No canto da pia mais um (1) cartucho intacto de.380.
Em vistoria no seu veículo (na garagem do prédio) foram localizados no console central do carro, quatro (4) cartuchos de .380. No total foram encontrados 69 estojos (cartuchos deflagrados) e 01 intacto.
A arma e munições foram deixadas no local, por determinação por determinação do Delegado de Polícia Judiciária que requisitou a Polícia Técnica Científica da cidade de Limeira/SP para os exames periciais.
O Oficial da FAB, que seria um aviador, relatou, segundo a Polícia, que tinha ido a uma festa e começou a efetuar disparos de arma de fogo.
Ainda, segundo a Polícia, o militar teria efetuado os disparos da janela de onde mora, voltada para avenida Painguais, uma das principais artérias da cidade com grande afluxo de veículos e pessoas.
Os policiais deram voz de prisão em flagrante delito ao militar, isto diante a Lei 10826/03 – Estatuto do Desarmamento; Natureza: Disparo de arma de fogo (Art. 15), sendo que feito contato com o Major Marrique, da FAB, o qual autorizou a condução do acusado ao Plantão da Polícia Judiciária.
A perita criminal Maria Alcina, depois periciar o apartamento do Oficial da FAB, também compareceu no Plantão Policial, onde realizou o exame residuográfico nas mãos do acusado. O militar passou por exame de corpo de delito no Pronto Socorro.
O delegado de Polícia, Luiz Armando Goyos Ferreira Filho, ratificou a voz de prisão dada pelos policiais arbitrando fiança criminal no importe de R$19.000,00 (dezenove mil reais), cujo valor não fora apresentado, motivo pelo qual foi escoltado pela Polícia de Aeronáutica, até a base da Academia da Força Aera, onde permanecerá custodiado a disposição da justiça.
O Serviço de Comunicação Social da FAB e AFA não emitiram nota sobre o caso até o fechamento desta edição.