Mãe relata que filho sofreu abuso sexual e diz que diretora tratou o caso com indiferença
No meio da tarde de sexta-feira, 13, um boletim de ocorrência, inicialmente registrado como Outros não criminal foi registrado no Cartório do 1º DP, pelo Escrivão de Polícia, André Luís da Silva e assinado pelo delegado de polícia Dr. Maurício Miranda de Queiroz.
Caso o fato relatado pela mãe de uma criança de 6 anos de idade, estudante da Rede Municipal de Ensino de Pirassununga se confirme, o caso deverá passar para a delegada Dra. Tatiane Cristina Parizotto, da Delegacia de Defesa da Mulher, da Criança e do Adolescente.
Uma mulher de 41 anos, mãe de uma criança de 6 anos de idade, durante o registro da ocorrência disse que no dia 29 de abril do corrente ano, seu filho chegou na casa da família, quando a mesma o levou para o banho e percebeu que quando caiu a água, ele sentiu dores, começou a chorar muito e colocando a mão no ânus.
De acordo com a mulher, ao fazer uma verificação percebeu que havia uma lesão no local, aparentando que algo de grande porte teria sido introduzido no ânus da criança, e o local estava assado, vermelho e rachado e a boca da criança estava rocha na parte de baixo.
Segundo a mulher este fato não seria um caso isolado, pois, em outras duas vezes, o filho chegou na residência com dor no ânus.
De acordo com a mãe da criança levou o filho até o hospital e não foi feito nenhum tratamento especializado, porém foi feito o atendimento padrão, sendo a mãe orientada a registrar um boletim de ocorrência para exame de corpo de delito, dizendo que não fez o boletim de ocorrência porque foi apenas pedir uma orientação para o plantonista da Delegacia do Município e sendo aconselhada em colher mais provas.
A mãe disse que o filho lhe informou que foi um coleguinha de nome…, que introduziu a mão em seu “bumbum”, que segundo a mãe, o comportamento de seu filho mudou desde então.
Segundo a mãe, ela procurou um consultório psicológico, onde em relatos por desenhos a criança reproduziu o ato feito, um “bumbum” e uma mão, mas que no desenho o “coleguinha” é um adulto. A partir disso, em contato com o conselho, foi orientado a registrar um boletim de ocorrência.
A mãe disse que no dia 02/05/2022, levou o fato para direção da escola, informando sobre o ocorrido, onde a diretora fez um relatório dizendo que iria tomar providências, mas que, segundo consta no B.O./P.C., nada foi feito, sendo que realmente existe uma criança de nome…, na sala do filho.
A única providência tomada foi a transferência da criança (vítima) para outra escola, não sendo acionado o Conselho Tutelar e, segundo a mãe, a diretora teria dito que poderia ter sido uma brincadeira e que algum colega poderia ter introduzido um brinquedo no ânus da criança.
Segundo a mãe, teria dito para a Diretora que participaria da reunião no dia 04/05/2022, mas que mesma falou que não seria necessário, pois ela mesmo deixaria os materiais arrumado, onde poderia buscar no dia seguinte.
De acordo com a mãe da criança, depois de ter deixado a escola, a diretora colocou em sua sala, seu filho e a criança que praticado o ato, realizando um confronto sem ser supervisionado por nenhum dos pais, ou outro profissional, fato que o filho relatou em casa.
Na quinta-feira, 11, a mãe da vítima foi até a Escola buscar os papéis da transferência, quando perguntou a diretora sobre quais providências foram tomadas, onde a diretora disse que estava observando a suposta criança, como também falou “mas é como se fosse cuidar de bebês, a gente dá uma piscada de olho e o bebê cai e se machuca (sic).
O delegado de polícia, Dr. Maurício Miranda de Queiros requisitou exame de corpo de delito junto ao Instituto Médico Legal.