Golpe milionário: 5 meses depois prefeito instaura processo interno para apurar os fatos

Um fato chama atenção novamente no caso do pagamento de R$ 2.182.878,66, para uma conta “fantasma”, que estaria se passando pela Empresa Le Card Administradora de Cartões LTDA.
O prefeito Fernando Lubrechet, esperou a exoneração do expert em finanças, Marco Antônio, para determinar a abertura de uma Instauração de Processo Administrativo Disciplinar, através da Portaria º 336/2025, seria uma tentativa de “caças as bruxas”; Veja o teor da Portaria:
Art. 1° Determinar a instauração de Processo Administrativo Disciplinar com a finalidade de apurar a denúncia constante nos autos em epígrafe, relacionada à conduta de três servidores municipais quanto à eventual infração envolvendo a execução contratual e os pagamentos efetuados indevidamente no âmbito do contrato de fornecimento de vale-alimentação aos servidores municipais, com possível enquadramento nas hipóteses previstas no artigo 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e no artigo 47 da Lei Municipal n° 6.439/2024 – ou seja justa causa para a rescisão do contrato de trabalho pelo empregador.
Em Parágrafo único ficou determinado que os trabalhos serão conduzidos pela Comissão Permanente, instituída pela Portaria n° 274/2014, e constituída pela Portaria n° 772/2022, devendo ser concluídos no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar desta data. Art. 2° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Passa a Passo do “Golpe”
No dia 12 de fevereiro, a Secretaria Municipal de Finanças, tendo como secretário Marco Antônio Alves de Souza Júnior e o prefeito municipal Fernando Lubrechet (NOVO), autorizavam o pagamento de R$ 2.182.878,66, para uma conta “fantasma”, que estaria se passando pela Empresa Le Card Administradora de Cartões LTDA.
No dia 15 de fevereiro, quando funcionários da Prefeitura Municipal de Pirassununga, foram aos Supermercados para as compras, uma surpresa, não havia saldo nos cartões do Vale Alimentação.
As 10h00 da manhã, o portal de notícias reporternaressi.com.br, trazia em primeira mão a falta de dinheiro nos cartões.
Por volta das 12h00, o prefeito Fernando, colocou em suas redes sociais dizendo que havia ligado para o presidente da Le Card, dizendo que o pagamento havia sido feito no final do expediente da sexta-feira, 14, assim o dinheiro somente cairia na segunda-feira, dia 17. Assim, a Le Card liberou os valores nos cartões.
Na segunda-feira, 17, um novo pagamento foi realizado, agora, na conta correta da Le Card. O pagamento foi visto como uma possível Improbidade Administrativa, devido retirada de valores do FUNDEB, em menos de 5 dias, o que seria proibido.
No dia 31 de março, com votos contrários dos vereadores Théo, Fabrício e Caridade, a Câmara Municipal, por oito votos a favor abriu uma CEI, que tem previsão para seu encerramento nos próximos dias.
A Comissão Especial de Inquérito foi formada, tendo na presidente – Luciana Batista -, relator – Carlos Luíz de Deus (Carlinhos da Santa Fé) e membro Aidano Aparecido de Souza – Du da Farmácia.
Á estas alturas, o movimento de entra e sai na prefeitura, em pleno sábado, 15 de fevereiro, chamava a atenção, sabendo-se que a o pagamento havia sido em possível conta fake.
No dia 20 de fevereiro, um boletim de ocorrência de estelionato foi registrado na Central de Polícia Judiciária, por funcionárias do setor de finanças.
Até o meio da tarde do dia 28 de março, o caso estava escondido debaixo do tapete, porém, no final da tarde, este portal de notícias trazia o ‘a possível fraude”, quando então o Jurídico entrou com pedido de bloqueio na conta do Banco Rendimento, pedido negado pelo Juiz da 3ª Vara de Pirassununga, por falta de documentos, sendo autorizado o bloqueio no dia 31 de março, porém, o dinheiro já havia sido movimentado.