Filho é preso por matar o pai e jogar o corpo no Rio Mogi Guaçu em Pirassununga
O militar reformado da Força Aérea Brasileira – FAB – Rodrigo Cezar Martins, 42, se entregou à Polícia Civil Judiciária de Pirassununga/SP no início da tarde desta terça-feira, 11, depois de ter ligado para um advogado e dito que tinha assassinado o próprio pai. O crime aconteceu na casa da família, um “Pesqueiro” localizado ao longo do rio Mogi Guaçu, no bairro da Balsa, região leste da zona rural do município.
Crime
O réu confesso do assassinato ligou para um advogado por volta das 13h00, quando disse que teria assassinado seu pai e que queria se entregar para a Polícia, mas tinha medo de que na chegada dos policiais o mesmo fosse agredido e até mesmo morto. O advogado de imediato procurou pelo delegado de Polícia Judiciária,Francisco Paulo informando sobre o ocorrido. De imediato, o delegado pegou sua equipe de investigadores de Polícia e rumou para o local, aonde ali chegando, o réu saiu do interior da casa, confessando o crime e se entregando aos policiais.
Rodrigo disse aos policiais que seu pai, Carlos Roberto Martins, 61, estava pescando Lambaris com uma vara de bambu numa escada de cimento de acesso ao rio, momento em que, com uma espingarda de calibre 20 de dois canos atirrou por duas vezes, não sabendo se atingiu somente a cabeça ou parte do corpo.
O pai, segundo Rodrigo, caiu na escada, quando então jogou seu corpo no rio. Na sequencia, segundo o suspeito, lançou nas águas a arma do crime. Depois de jogar o o pai no rio lavou a escada devido ao sangue e subiu para o interior da casa.
Ligações telefônicas
A mãe de Rodrigo, falava com a vítima (seu marido) ao menos quatro vezes ao dia no período da manhã, bem como à tarde.
Não foi diferente na manhã deste dia em questão, quando o filho (Rodrigo) atendeu pelo menos duas vezes a ligação da mãe no celular do Pai. Ao perguntar sobre seu marido ao filho, nas duas vezes Rodrigo teria dito que o pai teria saído para pescar com amigos, mas a mulher, professora, hoje ocupando uma Direção de Escola do Município estranhou, pois a vítima nunca saia sem levar seu telefone.
Uma dona de casa, moradora cerca de oito casas da casa da vítima, no meio da manhã ligou para Carlos Roberto (vítima), a fim de o mesmo ir até seu “pesqueiro”, pois tinha visto uma cobra de tamanho grande, mas quem atendeu a ligação foi Rodrigo, o qual disse que o Pai tinha saído com amigos para pescar.
Comentado
Rodrigo, ainda no meio da manhã, conversou pessoalmente com um morador de um “pesqueiro” das proximidades, se caso alguém fosse morto e jogado no rio, demoraria em ser encontrado ou não. A Polícia acredita que diante a conversa, o militar já tina matado o pai.
Ligou para a mãe
Próximo das 14hs00, depois de ter ligado para o advogado e Polícia, o acusado ligou para sua mãe, mas devido ao horário a mesma não pode atender a ligação, quando minutos depois a mulher retornou a ligação penando que fosse o marido, Carlos Roberto Martins, mas quem atendeu foi o filho.
Rodrigo, ao atender a ligação da mãe, depois de breve conversa disse que já tinha ligado para um advogado e que a Polícia já estava indo para a moradia, pois tinha matado seu pai e jogado o corpo no rio.
Preso
O delegado de Polícia Judiciário, Francisco Paulo, juntamente com suas esquipes de investigadores foi ao local, onde o assassino deixou o interior da residência, se entregando à autoridade. Neste momento também chegava à mãe do acusado, esposa da vítima.
Levado para a AFA
Depois de autuado em flagrante, devido se reformado da FAB, o mesmo foi levado para as dependências da AFA, onde permanecerá preso à disposição da Justiça.
Procura pelo corpo
Amigos de Carlos Roberto Martins intensificaram as buscas pelo corpo nas águas do rio usando de suas embarcações. O Corpo de Bombeiros da cidade, através e um mergulhador realizou pesquisas no fundo do rio, porém, até o início da noite não obtiveram êxito em localizar o corpo, quando foi suspensa a busca devido ao anoitecer, porém, amigos da vítima continuaram as buscas noite adentro, realizando “operações” diversas entre a região do bairro da Balsa até as proximidades da Comporta da ARATÚ em Cachoeira de Emas, uma distância de mais de 20 km.
Nota da AFA
Em nota, a AFA informou que o ex-soldado estava afastado desde 2002 por problemas de saúde e que está preso à disposição da Justiça.