Comunidades Católicas realizaram Missa na Capela de Santa Eufrosina em Cachoeira de Emas
Na manhã deste domingo, 20, (Dia de São Sebastião), o padre Luís Casimiro, realizou uma Missa na Capela Rural de Santa Eufrosina.
Como sempre, dezenas de devotos deixaram o Distrito de Cachoeira de Emas (Pirassununga-SP), da cidade de Santa Cruz das Palmeiras/SP e de outras localidades para participarem do encontro religioso.
A previsão é de que, pelo menos uma vez ao mês, sempre ao domingos e, no período da manhã, uma Missa seja feita no local. A Capela que esta localizada numa Fazenda, de propriedade uma família da cidade de Santa Cruz das Palmeiras, foi restaurada recentemente com a participação das Comunidades Católicas de Cachoeira de Emas e de Santa Cruz das Palmeiras.
A senhora Laís Furlan Pavani, juntamente com seu filho doaram para a Capela uma imagem de Nossa Senhora do Rosário e dona Iraci (aniversariante desse dia 20) dou uma imagem de Santa Luzia, ambas senhoras moradoras de Santa Cruz das Palmeiras SP.
Com informações e fotos de – Antônio Felippe
Santa Eufrosina
O texto abaixo foi extraído: memoriadepirassununga.blogspot.com e informações de pirassunungareceptivo.com.br
Eufrosina nasceu em Pirassununga, no ano de 1864, no bairro Campo Alegre, região de Cachoeira de Emas. Filha de pais leprosos, aos quatro meses foi abandonada num pasto pela mãe. Um casal a adotou, até que a doença nela se manifestasse aos 6 anos de idade. Para protegê-la, o padrinho construiu um rancho à beira da estrada, entre Cachoeira de Emas e Santa Cruz das Palmeiras. Vivia trancada e despida, a espera de água e comida. Quando tudo lhe faltava, alimentava-se de larva e insetos e dividia sal grosso com o gado num cocho. Para espantar o medo, rezava e cantava hinos religiosos. Eufrosina tinha dois irmãos leprosos que viviam de esmolas. Aos 12 anos a doença já havia desfigurado a menina.
Morte e Ressurreição
Eufrosina morreu aos 16 anos. O pai adotivo, ao encontrá-la morta, estendeu seu corpo sobre um estaleiro e saiu a procura de um de seus irmãos para dar-lhe a notícia. Ao regressarem, o susto: Eufrosina estava viva e curada da lepra. A notícia da” ressurreição” atraiu muitas pessoas ao local. Disse que havia voltado graças a uma “licença divina” de 23 dias de vida que recebeu. Que tinha sido “devolvida” por não ter cumprido sua missão. Havia lhe faltado humildade e tinha vergonha de pedir esmolas. Também explicou que tinha voltado para contar coisas que todos deveriam saber.
Profecias
Sem instrução alguma, a jovem impressionava ao falar de coisas que iam acontecer. Previu, em 1880, as Guerras Mundiais que só ocorreriam em 1914/18 e 1939/1945. Contou que uma doença eliminaria o gado (febre aftosa); e adiantou o aparecimento de carros e aviões, ao dizer que as carroças andariam sem animais e que o homem ia voar. As mulheres usariam calças compridas e se comportariam como homens. Disse que, instantes após sua morte, quando as pessoas retornassem aos seus lares, ao passarem pelo campo, encontrariam poças d’água cheia de peixes vivos, e que deveriam ser levados como alimento para suas casas. Aqueles que testemunharam os fatos contaram aos filhos, e esses aos netos, que todas as profecias de Eufrosina haviam se confirmado.
2ª morte
Completados os 23 dias da “licença divina”, Eufrosina morreu na hora marcada, à vista de muitas pessoas. Não quis se enterrada em Pirassununga. Foi sepultada em Santa Cruz das Palmeiras. Em seu túmulo milhares de fiéis ali rezaram, acenderam velas, pediram e alcançaram curas. Com o crescimento da cidade, a área onde ficava o antigo cemitério de Palmeiras teve que ser loteada. A família que comprou o lote onde ficava o jazigo de Eufrosina preservou o local, que lá está até hoje.
Santa Eufrosina
Após a morte, Eufrosina vinha cantar todas as noites. Para homenageá-la, os sitiantes ergueram uma igrejinha de pau-a-pique (1910) que, anos depois, foi substituída por outra de alvenaria. A Igreja Católica, quando ali se instalou, batizou a igrejinha de Capela de Santa Eufrosina, em homenagem a monja que viveu no século V, em Alexandria, cuja imagem está sobre seu altar. A escolha da padroeira do bairro foi inspirada na santidade que as pessoas atribuíam à menina Eufrosina, que ali viveu e morreu.
Milagres
Muitos milagres foram atribuídos a Eufrosina. Mesmo com o passar dos anos, o culto piedoso em torno dela se mostra vigoroso. Num túmulo simbólico, construído pela família Furlan em 1969, ao lado da capela, os devotos nunca deixaram de rezar, acender velas e fazer pedidos. Hoje, a capela está desativada e, numa sala, atrás do altar, ficaram algumas fotos, muletas e objetos deixados por fiéis que pediram e alcançaram graças. A família Pavani, proprietária do local, quer restaurar a capela onde, no passado, no dia 25 de setembro de cada ano, centenas de fiéis, re reuniam para celebrar a Festa de Santa Eufrosina, com novenas, missas, procissões, banda de música e leilão de prendas.
Referências:
O texto acima foi copiado do folder entregue pelo Secretário Municipal de Cultura e Turismo de Pirassununga, Roberto Brangnholo, por ocasião da 15ª Semana Nenete, realizada no período de 8 a 11 de julho de 2010, no recinto do Centro Cultural de Eventos Dona Belila, em Pirassununga.
Consta no referido folder a seguinte citação: “Este texto foi baseado na matéria “História de Santa Eufrosina”, publicada no Jornal “O Movimento”, em 1966, do professor Manuel Pereira de Godoy. Também foram consultados inúmeros pirassununguenses que, através de testemunhos que ouviram de seus antepassados, ajudaram a elucidar pontos importantes. Nossos agradecimentos a todos que colaboraram.
No folder consta a foto do Túmulo construído pela Família Furlan em homenagem à menina Eufrosina e foto de Santa Eufrosina, com créditos das fotos a Fábio Ferrari, Marcos Zaniboni, Ney Nery e Antonio Felipe.
Do Bloguista:4
Agora que fui observar que tirei as fotos no dia em que se comemora o dia de Santa Eufrosina, dia 25 de setembro, e nem sabia da data, foi a primeira vez que estive neste local, onde ainda rezei um Pai Nosso e uma Ave Maria.
Veja outras fotos da Missa deste deste domingo, 20, em Coluna Social