Com ambulâncias quebradas, moradores de Pirassununga têm dificuldades para fazer tratamentos em outras cidades
Por Jornal da EPTV 2ª Edição
Pacientes de Pirassununga (SP) que fazem tratamento em outras cidades reclamam da falta de transporte com ambulâncias da prefeitura. A administração assume que metade da frota está com problemas, mas que pretende resolver com consertos e compra de novos veículos.
Sem tratamento
O encarregado de serviços Armando Cabral depende do transporte da prefeitura para fazer tratamento em Ribeirão Preto, mas ele já precisou desmarcar mais de dez vezes as últimas consultas.
A esposa e a filha dele também dependem de ambulância. A menina faz hemodiálise em Araras, mas como os casos de mais urgência estão mantidos, ela ainda não foi prejudicada. “Vai fazer um mês que ela está indo para Araras três vezes na semana”, disse a professora Priscila Rocha.
Já a dona de casa Valquíria Couto teve problemas com a mãe, de 85 anos, que precisa de cirurgia para tratar um câncer de pele. “Tive que remarcar a cirurgia para outubro”, disse.
A dona de casa Elizangela de Oliveira também precisam viajar para fazer tratamentos. “No HC em Ribeirão eu trato hipertensão e problema de coração e renal. Estou sem medicação, já era para ter feito exames e não fiz. A consulta já foi cancelada quatro vezes [por falta de ambulância”, explicou.
A dona de casa Elizangela de Oliveira (à direita) precisa de ambulância para fazer tratamento (Foto: Reprodução/EPTV)
Veículos parados
A cidade tem cerca de 120 pacientes e 80 acompanhantes que dependem do transporte para continuar o tratamento em outras cidades. Mas na central de ambulâncias da prefeitura há muitos veículos parados.
O secretário de Saúde de Pirassununga, Edgar Saggioratto, confirma que há problemas com 50% da frota. “Já estamos consertando. Até segunda-feira nós estaremos com o transporte todo arrumado. Nós estamos tentando adquirir novas frotas. Conseguimos algumas verbas e vamos renovar a nossa frota”, afirmou.