Sustentabilidade na moda é pilar para crescimento do setor

Foto: Pavel Danilyuk/Pexels
Em meio à maior preocupação com o meio ambiente, setor deve buscar adaptações da cadeia produtiva
O segmento de moda representa cerca de 8,3% do total de CNPJs ativos no Brasil. Desse total, 97,5% são micro, pequenas e médias empresas, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Em meio à expansão desse mercado, pensar em uma produção consciente é uma necessidade.
A indústria da moda é a segunda que mais gera resíduos, atrás apenas da petrolífera, conforme levantamento publicado pela Global Fashion Agenda. A decomposição de roupas pode levar até centenas de anos, quando feitas de fibras sintéticas.
Na medida quem que a sociedade se preocupa mais com o meio ambiente, a sustentabilidade ganha espaço nos setores produtivos. Na moda, inclui desde a produção de roupas básicas femininas, masculinas e infantis até a alta costura.
A tendência eco-friendly tem como referência o conceito ESG (em português, Ambiental, Social e Governança). O “ambiental” diz respeito à forma como a empresa trata o meio ambiente ao longo dos processos, incluindo ações de sustentabilidade e reduzindo os impactos ambientais, como explica o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O “social” é como a empresa aborda questões sociais, considerando os direitos de colaboradores, igualdade e responsabilidade social. Já a “governança” se refere à forma como a empresa é administrada, incluindo transparência, ética e práticas de gestão.
Na prática, a aplicação do conceito de ESG à indústria da moda parte do princípio de que as empresas precisam considerar não apenas a estética de uma calça premium feminina, por exemplo, mas a entrega que é feita à sociedade a partir da peça, o que inclui práticas responsáveis, éticas e sustentáveis em toda a cadeia produtiva.
O empreendedorismo sustentável é apontado como um diferencial competitivo num mercado em expansão. “Investir em ESG não é só uma questão de ética e imagem, mas também de competitividade e sobrevivência”, destaca a consultora especialista em implantação em ESG, Julia Antunes.
Moda sustentável integra objetivos da ONU
O conceito de moda sustentável surgiu como resposta aos danos causados pelo fast fashion, como poluição, desperdício e trabalho precarizado, e ganhou força com a crescente conscientização sobre as mudanças climáticas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo o Sebrae, a moda sustentável está alinhada à ODS 12, que foca em “produção e consumo responsáveis”, ao incentivar marcas a adotarem estratégias de design circular, como reutilização de tecidos, reciclagem e peças duráveis.
Quanto à questão ambiental, a indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo, gerando cerca de 98 milhões de toneladas de resíduos não recicláveis por ano, além de contribuir para a emissão de CO2, de acordo com dados da Ellen MacArthur Foundation.
Com a adoção de práticas sustentáveis, é possível reduzir impactos ambientais, fortalecer cadeias produtivas locais e valorizar o trabalho justo e a economia circular, como destaca a fundação.
Nesse processo de mudanças, cinco tendências moldam o futuro da indústria da moda: upcycling, que transforma resíduos têxteis e peças descartadas em novas roupas; slow fashion, que prioriza qualidade, durabilidade e produção ética; tecidos ecológicos; consumo colaborativo; e transparência e rastreabilidade na cadeia produtiva.
As práticas sustentáveis pela indústria da moda não só minimizam danos ambientais, mas atraem consumidores conscientes. Segundo estudo promovido pela PwC e o Instituto Locomotiva, 86% dos brasileiros preferem marcas sustentáveis, e 53% já boicotaram empresas por irresponsabilidade social.


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