No final da manhã de sábado, 6, moradores que passavam pela Rua Gabriel Antônio Landgraf, Vila São Jorge, zona leste de Pirassununga/SP, visualizaram um cavalo caído em um terreno de uma sem saída.

Uma das pessoas que viram o cavalo caído, acharam que estava morto, porém, ao se aproximarem, viram que ele estava respirando e mexendo o olho com dificuldades, devido estar debilitado.

As pessoas que ligaram para um conhecido, foram orientados a ligarem para o SOS Animal, onde o Dr. Gustavo Martinelli, um líder em resgate e proteção aos animais, acionou o veterinário Allan do Carmo, da Clínica do Campo e a Guarda Civil Municipal.

Allan, ao chegar no local procedeu aos primeiros procedimentos. Após constatar que o cavalo estava debilitado, iniciou atendimento no local, colhendo sangue para análise e, o hidratando com soro e medicamentos adequados.

Após os procedimentos o animal foi levantado com apoio de força física de integrantes da GCM, do eletricista Neto (pai do veterinário Allan), levando o equino até uma sombra, saindo do sol. Após, o cavalo foi levado para o CAMPUS da USP, onde está recebendo todos os tratamentos.

Registro do caso no plantão policial

As 15h28, os guardas civis municipais Amanda e Maciel, apresentaram o caso acima mencionado, no plantão policial da CPJ, sendo registrado como crime contra o Meio Ambiente – Praticar ato de abuso a animais (Art. 32), diante da Lei 9605/98.

Os GCMs disseram que foram acionados para apoiar a ONG “SOS Animal”, acerca de situação envolvendo supostos maus-tratos a animal, onde, no local, foi constatada a presença de um equino caído ao solo, já sob atendimento de profissionais veterinários.

Populares vizinhos relataram que o animal permanecia há aproximadamente 30 dias no local, desprovido de água e alimentação adequadas.

Diante as informações, os GCMs fizeram contato com a responsável legal do proprietário do animal, onde ela declarou que o equino teria surgido no local havia cerca de uma semana, negando conhecimento sobre sua propriedade.

A mulher que colabou em todo o momento para o transporte do animal, inclusive arcando com custeios, disse seu pai é portador de transtornos psiquiátricos comprovados por laudos médicos, sendo que costuma permanecer no local (onde estava o cavalo) e, eventualmente, cuida dos animais, o que poderia ter levado vizinhos a presumirem a posse do cavalo.

Ressalte-se, contudo, que testemunhas relataram que a família já havia recebido outros equinos para criação em ocasiões anteriores. Foi feito um auto de infração por maus tratos na lei 5493, 11 de dezembro de 2019, artigo 2, parágrafo 6, inciso IV- auto de infração número 119.

O delegado de polícia, Marcelo Marques de Oliveira, após ouvir as pessoas envolvidas no socorro ao animal, bem como os guardas civis e a filha do acusado, liberou a todos, um Inquérito Policial deverá apurar o caso.

Fotos/Vídeo – Rede Social