Palestra sobre Violência Doméstica leva informações para o Projeto Larifer na Zona Norte
Na noite desta terça-feira, a Delegada de Polícia, titular da PCJ de Pirassununga, Tatiane Cristina Parizotto, também responsável pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher , ministrou uma palestra sobre o tema Violência Doméstica junto a Assistente Social da Santa Casa de Misericórdia de Pirassununga, Tatiana Priscila e o Advogado Dr. Isaías Santos aos moradores da zona Norte da cidade, famílias frequentadoras do Projeto Larifer, Projeto Família Águia de Taekwondo e Projeto Nosso Futuro de Futsal estiveram presente.
Com o objetivo de orientar as mulheres dos seus direitos e levar informações sobre a Lei Maria da Penha (11.340/06), além de abordar todas as violências e contextos os palestrantes conduziram o evento. As informações foram transmitidas para pais e mães de crianças e adolescentes vítimas ou não de violência dos bairros, orientadas a recorrer a Delegacia, ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e a outros serviços da Rede Pública.
Presentes ao evento as Psicólogos do Projeto Prosac, a Polícia Militar, o Vereador Vítor Naressi (MDB) e a da responsável pelo Projeto Larifer, a presidente Eliane Reis e sua diretoria. De acordo com a delegada, as mulheres estão mais conscientes e se informando mais sobre os seus direitos, que hoje são assegurados pela Lei Maria da Penha.” Muitas dessas mulheres que foram agredidas denunciam seu agressor e deixam de sofrer violência”, afirma.
Durante a palestra, a delegada, a assistente social e o advogado abordaram os principais crimes sofridos pelas mulheres tais como ameaça, lesão corporal (espancamento), dano, discriminação, calúnia, difamação, injúria, abandono material, assédio sexual, estupro, atentado violento ao pudor, tentativa de homicídio, homicídio, além de outros.
Os palestrantes explicaram que as principais dificuldades enfrentadas pelas mulheres vítimas e homens também vitimados, ainda são a baixa auto-estima, desconhecimento dos direitos, medo do agressor, pressão psicológica, sentimento de culpa, vergonha, medo de ficar sozinha, dependência econômica, falta de apoio familiar e pressão familiar. Esses fatores impedem que elas/eles digam não a violência e tomem uma atitude, Violência?
O que fazer – O primeiro passo é denunciar o agressor. A comunicação pode ser feita na Delegacia por meio do registro do boletim de ocorrência. No momento do registro a vítima é informada das garantias da lei e se desejar poderá fazer uso de medidas protetivas. A lei “Maria da Penha” é aplicada quando a mulher, de qualquer idade, sofrer violência de parentes ou “agregados” à família, mesmo que essa condição não exista mais, por exemplo: namorados, ex-namorados, amásios, ex-amásios, maridos, ex-maridos, filhos, netos, genros, ex-genros, tios, primos etc. A mulher que sofre violência praticada por outra mulher também recebe o mesmo tratamento pela Lei. Independe de orientação sexual, a mulher homossexual também pode se beneficiar da aplicação da lei quando sofrer violência de sua parceira ou dos familiares dela.
Informações fotos – Antonio Felippe