Como entender o Euro?
Viajar, investir ou exportar requer conhecimento sobre o comportamento da segunda moeda mais forte da economia mundial.
A relevância e a influência do Euro na economia mundial pode ser compreendida em números: trata-se da moeda oficial de 19 países que integram a União Europeia (UE), sendo utilizado por mais de 200 milhões de pessoas. Seja para viajar, investir ou fazer negócios no exterior, é necessário compreender o comportamento da moeda, considerada a segunda mais importante do mundo, atrás apenas do dólar americano.
O Euro hoje corresponde a R$ 6,31, conforme apuração realizada no dia 3 de janeiro. O valor oscila de acordo com alguns fatores de mercado. Nos últimos anos, o Euro tem vivido uma valorização frente ao Real. Em 2021, esta diferença foi acentuada. A moeda iniciou janeiro do ano passado cotada em R$ 6,33 e fechou dezembro em R$ 6,43.
A chamada taxa de câmbio consiste na relação entre duas moedas. Entre os principais motivos para a sua variação está a lei da oferta e da demanda. Quando uma moeda é muito procurada, passa por um processo de valorização. O inverso ocorre quando é pouco demandada.
Essa procura é feita por investidores e pelo mercado externo com base nos cenários político e econômico dos países. No caso do Brasil, o Real vem sofrendo forte desvalorização frente às principais moedas estrangeiras, como Dólar e Euro, por conta da crise econômica e da instabilidade política que foram agravadas com a pandemia da Covid-19.
O que é preciso saber na hora de viajar
Entender o comportamento do Euro é importante para quem pretende viajar para os países que utilizam a moeda. Na lista estão Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estonia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal.
Viajar para o exterior requer planejamento financeiro. Acompanhar a cotação do Euro é necessário para saber a melhor hora de adquirir a moeda. Também é importante calcular quanto será gasto na viagem e conhecer as regras da Receita Federal sobre levar dinheiro em espécie para outro país.
Segundo informações da Receita, o viajante que sair do país com montante equivalente a mais de R$ 10 mil deve preencher a Declaração Eletrônica de Bens de Viajantes (e-DBV) e apresentá-la à fiscalização aduaneira.
Bancos, agências de turismo e corretoras de câmbio podem vender Euro, mas para fazer uma compra com segurança, o Banco Central (BC) recomenda checar quais são as instituições autorizadas. A lista está disponível no site da autoridade monetária.
Outra possibilidade é o envio do dinheiro por meio de plataformas on-line que fazem remessa para o exterior.
Investimentos e exportação
O Euro tem se mostrado atrativo para os brasileiros que pretendem investir. Comprar o dinheiro em espécie é uma forma de proteger o patrimônio diante da desvalorização do Real. A possibilidade de vendê-lo a um preço mais alto garante a lucratividade.
Além disso, há investimentos atrelados ao Euro que, no atual contexto, podem oferecer um retorno financeiro atrativo, como é o caso dos fundos cambiais, dos ETFs ou fundos de índices e do mercado futuro. É recomendável buscar orientação de uma corretora de investimentos para mais informações sobre esse tipo de operação.
A alta do Euro também favorece as empresas que querem exportar para os países que usam a moeda. Segundo dados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), a União Europeia é responsável por um terço das importações mundiais. Para o Brasil, o bloco é o segundo principal destino das exportações, atrás apenas da China. A Apex Brasil é responsável por preparar as empresas nacionais que desejam começar a exportar.