Vereadora Sandra Vadalá indica que as pessoas que precisam realizar exames fora, e que têm plano de saúde, que vá com transporte das operadoras de saúde

Na Sessão Ordinária da Câmara Municipal desta última 2ª feira, dia 11/08/2025, chamou a atenção desta redação, novamente, uma fala da vereadora Sandra Vadalá a respeito do transporte de pacientes para realização de procedimentos de saúde em outros municípios. Disse a vereadora:
“Verificando que nós já temos decisões, acórdãos, que determinam que quando tem plano de saúde quem deve arcar com o transporte vem a ser o plano de saúde (…). Quem paga Plano de Saúde e este plano de saúde envia o seu representante em outro lugar, cabe a ele (…) dar o transporte. E como não é novidade para nós, temos quase 2.400 servidores públicos que têm plano de saúde”.
Veja: a vereadora apela para supostas decisões e acórdãos sobre a matéria no país. Frisa-se: em um país cuja a INSEGURANÇA JURÍDICA, e os CONFLITOS DE DECISÕES, está cada dia mais evidente. Não ficaríamos pasmos, se a vereadora não fosse advogada e não conhecesse a diferença de LEIS e DECISÕES/ACÓRDÃOS. Se está difícil, em muitos casos, cumprir Leis neste país, imagina decisões/acórdãos que, não poucas vezes, são conflitantes. Neste caso, como fiz a própria vereadora, A POPULAÇÃO QUE TEM PLANO DE SAÚDE, BEM COMO OS SERVIDORES PÚBLICOS E SEUS FAMILIARES FICARÃO “A MERCÊ DA PRÓPRIA SORTE”?
A nova “frase de impacto” utilizada pela vereadora Sandra Vadalá, atualmente, nas Sessões da Câmara Municipal e em rádios é a seguinte: “devemos ser pontes, e não paredes”. Sem fazer qualquer menção honrosa ao saudoso Papa Francisco, o propalador maior desta frase, pela qual, metaforicamente, buscou fomentar o diálogo, a união e a fraternidade entre as pessoas. Ficando assim, parecendo a fala da vereadora um plágio da frase do Papa.
O que chama a atenção, no entanto, é que a vereadora Sandra Vadalá, em seus primeiros 4 anos de legislatura, foi combatente árdua de pautas de cuidado do Executivo Municipal, sobretudo da saúde. São inúmeros os vídeos onde a postura da vereadora foi cobrar atendimento a saúde da população, sem fazer qualquer tipo de consideração se teria orçamento ou não, se a obrigação era de plano de saúde ou não. As posições da vereadora eram sempre … “se vire o Poder Executivo. Saúde é direito constitucional, basilar, da população”.
Agora, no entanto, após ter conseguido seu grande objetivo que foi a reeleição a vereança, a vereadora parece ter alterado, ao menos em parte seus discursos sobre a temática. Ao menos, o que tem se visto, é uma tentativa de JUSTIFICAR A INEFICIÊNCIA do Poder Executivo frente a algumas pautas, como a da “FALTA DE ORÇAMENTO PARA O POA” (enviado a Santa Casa para cuidar de pessoas atendidas pelo SUS) e quanto a “AO TRANSPORTE DE PACIENTES PARA FORA DA CIDADE QUE TENHAM PLANO DE SAÚDE, INCLUSIVE DOS SERVIDORES PÚBLICOS”.
E para justificar o injustificável, a vereador apela: agora eu não vejo má fé. Fica a pergunta: a administração anterior (coberta por 3 prefeitos) teve má fé em ‘se virar’ para deixar os carros que transportam pacientes para outras cidades em condição de uso? Ou teve má fé em repassar para Santa Casa os valores necessários do POA para que as pessoas mais pobres tivessem seus atendimentos via SUS garantidos?
Ao que parece, o discurso da vereadora é mais politico (na tentativa de ‘limpar a imagem’ da atual administração), aparentemente composto por pessoas de seu rol de amizade mais estreito (sobretudo tendo um primo como secretário municipal), do que quanto a buscar o direito do cidadão pirassununguense. É impressionante a aparente mudanças de discursos na mudança de gestões. A mesma vereadora que hoje apela pelo “devemos construir pontes” parece ter atuado como “construtora de paredes” na gestão anterior. A pergunta que fica é: porque alterou os discursos?
Se não é de conhecimento da Nobre Edil, o transporte de pacientes para realização de exames pelas operadoras de saúde à outras cidades já foram tentadas no passado. Mas a experiência se demonstrou frustrada porque há uma necessária readequação, mudança de cultura, possíveis acionamentos jurídicos, para que isso ocorra. E neste interstício, quem sofre é a população. Só por este motivo, não é simples e não se pode fazer assim.
Redação: Caso a vereadora Sandra Vadalá, queira se manifestar, o espaço está garantido para o envio de uma Nota Oficial.