Polícia diz que “bando” envolvido na morte do motorista de aplicativo chega à 11, sete estão presos
No final da tarde desta quinta-feira, 15, o corpo do motorista de aplicativo Raphael Phillipe Alves Diniz, foi sepultado no Cemitério Parque Bom Jesus, zona norte de Pirassununga/SP, depois de velado no Memorial Bom Pastor.
Durante o velório, ocorreu manifestação cobrança de justiça por motorista de Aplicativos que pediam justiça.
“Piauí”, que foi agredido covardemente no início da madrugada do dia 6 de maio, por membros desta quadrilha, falou ao vivo com o repórter Ademir Naressi, através do facebook.com/reporternaressi, onde agradece a Polícia Militar, Guarda Civil Municipal e a Polícia Civil Judiciária de forma geral.
Coletiva de Imprensa
Na manhã desta quinta-feira, 15, o delegado de polícia seccional. Dr. Paulo Cesar Junqueira Hadich, e o delegado de polícia, Dr. Alexandre Socowsk, chefe da DISE e DIG daquela Unidade Policial, atenderam a imprensa em uma coletiva, onde foi falado sobre o assassinato do motorista de aplicativo Raphael Phillipe Alves Diniz.
O delegado de polícia, Dr. Alexandre que está à frente das investigações deu detalhes, passo a passo sobre o latrocínio.
Corrida
Eram 21h00 de terça-feira, 13, quando Raphael, recebeu foi solicitado para uma corrida através do aplicativo do UBER, onde uma moça, posteriormente identificada como Izabela, solicitava uma corrida.
De acordo com as coordenadas do aplicativo, durante o percurso, o veículo saiu de sua rota, onde a polícia acredita que neste momento os criminosos já estariam no veículo com a vítima, num total de cinco criminosos.
Homem encontrado morto
As 06h40, um popular acionou a Polícia Militar de Rio Claro, informando que um corpo sem sinal vida e com sinais de disparos de arma de fogo na nunca, estava em um ‘carreador’ de uma plantação de cana-de-açúcar, nas proximidades do Horto de Camacuã, às margens da rodovia SP-191, zona rural rio-clarense.
Pelo local, o policiamento de área constatou a veracidade do caso, transmitindo o ato para o plantão policial da Central de Polícia Civil Judiciária. O delegado de polícia, Dr. Alexandre, seguiu para o local com sua equipe de investigadores, solicitando a presença do Instituto de Criminalística para os trabalhos periciais.
Através do IC, a vítima foi identificada como sendo Raphael Felipe, morador de Pirassununga, porém, não existia registros de seu desaparecimento.
Início das investigações
Assim, policiais civis daquela delegacia, entraram em contato com policiais civis de Pirassununga. Os policiais seguiram para o endereço dele, Rua Coronel Franco, onde sua mãe foi convidada a acompanhá-los até o plantão policial, onde foi informada da morte do filho.
A partir deste momento, os investigadores de polícia da cidade de Rio Claro, tomaram conhecimento que a vítima era proprietária de um veículo da marca Fiat, modelo FastBack, de cor vermelho, ano 2025, tendo no para-brisas, aplicativo UBER.
Começo das prisões
Ação rápida ação, os policiais, devido à rastreamento, o sinal informava que o veículo estava pelo município mineiro de Poços de Caldas. Após conversas entre os policiais civis de Rio Claro e de Poços de Caldas, inçou-se uma ‘operação’ naquela cidade, em ação conjunta de policiais civis e militares, com apoio do Helicóptero da PM/MG. Os policiais mineiros, após um trabalho, devido ao rastreador do veículo, chegaram até um bairro da zona leste daquela cidade.
Quando o veículo roubado da vítima de latrocínio, deixava o imóvel, foi abordado, tendo em seu interior quatro homens, sendo um de Rio Claro, dois de Porto Ferreira, um de Poços de Caldas, uma mulher de Pirassununga, de nome Isabela (que solicitou a corrida do UBER e uma adolescente, namorada do jovem morador de Poços de Caldas, o quão iria comprar o carro, sendo todos presos, porém, a adolescente como nada tinha a ver com a história foi liberada.
Presos em Pirassununga
No final da tarde da quarta-feira, 14, o 2º Sargento PM Pescara e, os Cabos PMs Christiano, R. Nascimento e Pescara, lotados na 3ª Cia. PM de Pirassununga, tinham conhecimento do ocorrido na cidade de Rio Claro, quando foram informados de que um indivíduo morador no bairro de Vila Santa Fé/Cerrado de Emas, poderia estar envolvido no crime, assim, os policiais trocaram mensagens com investigadores de polícia da DIG de Rio Claro, os quais se deslocaram para Pirassununga.
Quando da chegada dos investigadores de Rio Claro, os policiais do policiamento de área da 3ª Cia. PM, acima mencionados, comandados pelo 1º Tenente PM F. Rocha, estiveram, devido às informações privilegiadas em um bar, de propriedade de um comerciante de nome Robson, conhecido e chamado pelos clientes de ‘preto’. Em conversa com o comerciante, este informou que um homem morador nas proximidades de seu comércio teria oferecido uma arma de fogo, porém, declinou pela compra.
Os policiais seguiram para a casa do homem, que à estas alturas, já sabiam que ele teria participado da morte do motorista de aplicativo, isto devido às pessoas presas em Poços de Caldas, teriam confessado sua participação.
Ao ser abordado na casa, o homem de nome Willian, sem meias palavras confessou que ele tinha participado de toda ação, sendo que o comerciante estaria ciente de tudo, onde “preto” também acabou sendo preso.
Ambos foram levados pelos policiais militares, com apoio dos investigadores da DIG de Rio Claro, para o município de Poços de Caldas. Os quatro homens presos na cidade mineira, bem como a pirassununguese, moradora na zona oeste (Vila Guilhermina/Rais), que solicitou a corrida através de seu telefone celular para o aplicativo da UBER, e “Willian e Preto”, foram autuados em flagrante por Latrocínio, quando mata para roubar, formação de bando e quadrilha e corrupção de menor, totalizando sete pessoas presas. A menor detida foi liberada, pois, nada sabia, sendo ela, namorada do mineiro de Poços de Caldas, o qual iria comprar o carro da vítima.
A polícia também já sabe que outras quatro pessoas, sendo todos adolescentes, sendo que alguns já estão identificados, também fizeram parte do bando e, estão sendo procurados.
Coletiva de Imprensa
Durante a coletiva de imprensa, foram esclarecidos alguns pontos:
– “fizemos contato com a empresa Uber para verificar as últimas ações dele (vítima), sendo levantado que ele havia aceitado uma corrida no município de Pirassununga, onde ele é morador, onde a corrida logo foi interrompida, onde outras pessoas adentraram no veículo”;
“trouxeram ele até o município de Rio Claro, onde foi executado e após, tentaram vender esse veículo, retornando para Pirassununga, entrando em contato com o proprietário de um bar, para quem esses criminosos deviam dinheiro”;
– “tentaram vender o veículo no município de Porto Ferreira, não conseguindo. Através de um contato que possuíam, foram até o município de Poços de Caldas, onde um morador daquela cidade poderia comprar o carro”;
– as pessoas presas em Poços de Caldas, confessaram que haviam participado da morte do Raphael, sendo que o autor dos disparos, seria William Wesley, do município de Pirassununga;
– “Robson ou ‘preto’, também participou de toda essa negociação. O crime não foi premeditado, ele (vítima), teve a infelicidade de aceitar essa comida. Qualquer outro motorista de aplicativo que aceitasse essa corrida seria alvo desses criminosos”;
– “os criminosos, na versão deles, tencionavam fazer um roubo a residência na cidade de Araras, que teriam informações de que uma casa lá tinha dinheiro e joias. Segundo eles, havia um movimento atípico na residência, onde desistiram”;
– “a quadrilha tinha uma pendência de financeira com o proprietário de um bar (Robson) lá de Pirassununga, decidiram então matar a vítima e vender o veículo para sanar essa dívida”;
– “a vítima não reagiu, realmente mataram com extrema crueldade, sem motivo algum”;
– “dentre os presos, um tem passagem por roubo, por furto, por vários outros crimes”:
– “a gente acredita que pelo menos, mais quatro adolescentes, sendo três já identificados estariam também envolvidos”.
Na ação em que levou em prender estes criminosos, ouve envolvimento de ao menos quarenta (40) civis e militares, paulistas e mineiros.
A polícia acredita prender nas próximas horas, os quatro adolescentes que continuam foragidos, assim o bando era formado por onze (11) criminosos, podendo até mesmo subir o número.
O crime ganhou repercussão nacional.
Imagens – Reprodução/facebook
